quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em Breve: O Coração De Um Poeta Anônimo, Escrito por Gabrielle P. Soares

Gente,
Eu estou muito empolgada em anunciar que em breve eu estarei postando aqui uma história cem por cento escrita por mim chamada O Coração De Um Poeta Anônimo. Que mostra pela visão da personagem protagonista, Maria Eduarda, como a passagem pela vida de uma adolescente pode ser mais esdrúxula quando se tem uma visão poética de um universo completo. Mas a única dúvida que permanece é: Mas quem iria dar ouvidos a uma adolescente que pensa ter cabeça de adulta?
Isso você só descobre com o desenrolar da história de Maria Eduarda.

Sinopse:
            Maria Eduarda é uma menina cheia de pensamentos que somente sendo Deus para poder tentar entende-la. Ela adora ler, escrever, jogar, ouvir música, e como qualquer outra garota ela sonha em um dia poder encontrar o seu verdadeiro amor. Mas como conseguir encontrar alguém se ela nem ao menos sabe como procurar o cara certo? O tão desejado, Mister Right como dizem os americanos.
Todas essas perguntas são postas a prova na cabeça de Maria Eduarda através de seu raciocínio inusitado, de sua poesia, de seus textos e de seus desenhos, todos anotados e salvos em seu cadernos e em seu computador. Mas quem além de sua mãe gostaria de ouvir tais perguntas e críticas feitas por ela, uma adolescente tola e inexperiente que ainda tem muita vida para viver? E acima de tudo, quem iria responde-la na forma que ela mais espera? Abra os cadernos e invada os arquivos de Maria Eduarda e viva a sua história pelas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Orlando e Dubai. E também descubra os seus sonhos e esperanças e imagine como tudo isso poderá acabar.

                                                                                    Escrito por Gabrielle Soares

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fábula do Tempo; by Gabrielle P.S.

O tempo passa.
Passa despercebido.
Não há nenhuma novidade,
a não ser o fato da juventude ter sumido.
Sigo lentamente na estrada marcada que mostram os anos.
Anos passados, ano presente e anos vindouros.
Sinto-me como se estivesse dentro de um romance,
cujo final é desconhecido.
Intrigante.
Mas penso que nada me agrada mais do que meu anos 
de ouro.
Uma liberdade oculta me prende à curiosidade.
Quero saber da vida.
Quero saber da verdade.
Quero aprender como funciona seu mecanismo.
Como uma pessoa pode passar tanto tempo vivendo a vida,
sem aprender seu mecanismo?
Sem aprender seu jeito de ser?
Nessas luzes do ano novo faço uma promessa à sombra noturna:
Criarei meu próprio mecanismo de vida.
Para que quando ela acabe,
eu vá encontrar o céu,
sem visão,
sem pulso.
Mas no entanto com um sorriso em minha boca,
e só assim saberei que o sofrimento,
em mim, não estará mais incluso.

domingo, 14 de novembro de 2010

Não Existe Escolha Certa; By Gabrielle P.S

Nesta casa existe um quarto.
Um quarto de dois lados.
Cada lado com o seu objeto.
Sou obediente com a ordem que me foi dada, de escolher um e apenas um lado, sem poder olhar para trás, e foi assim que o fiz.
Olhei para cada lado, com cuidado, examinando-os.
Foi igualzinho ao que me foi dito.
Cada um com um objeto aleatório.
Cada um com o seu cada qual.
Na esquerda havia um colchão, na direita havia uma cama de rainha.
Na esquerda havia roupas simples, roupas velhas, roupas de caridade. Na direita não havia roupa alguma, mas sim trajes. Trajes finos de alta classe, de alta nobreza e burguesia.
Na esquerda havia um par de chinelos e um prato de comida, na direita uma mesa inteira com um banquete estendido e sapatos de princesa. Tudo um luxo!
Tudo bem, eu era canhota. Fui acostumada a vida toda a escrever e me definir por uma só mão. Mas pelo oque eu vi, essa era a minha chance de mudar de lado...mudar de mão...foi assim que eu o fiz.
A animação e a êxtase dadas pelos primeiros segundos em minha nova vida de burguesa, repentinamente me fizeram cair em um mar deprimente chamado realidade.
No meio de tanta riqueza e oportunidade, mal sabia eu da minha mais recente situação, que era o desconforto e a enganação.
Olhava deitada para o outro lado do quarto, não sabia oque fazia até me pegar clamando pedido, implorando, clamando pelo calor costumeiro do cobertor de malha, ao invés de ter de ficar plantada aqui nesse conforto que pinica, nesses trajes que apertam, e nessa comida sem gosto.
Me perdi, chorei, me arrependi, fui contra a minha natureza, e agora vejo tudo se desistegrando diante de mim.
Os dias foram se passando. E minha angustia foi aumentando.
Sentia dor, frio, saudade, necessidade de um colo, um ombro amigo no qual eu pudesse chorar...eu não tinha mais nada. E quando realmente despertei do pesadelo, não havia nada mesmo, minhas coisas, meus móveis, minha riqueza se foi, e no outro lado uma outra pessoa estava aconchegada, confortada no meio daquele pequeno colchão, com as roupas largadas e os chinelos velhos, ja eu? Eu havia perdido tudo. Eu tinha tudo e perdi tudo. E agora não tenho mais nada. Nada além de cimento, madeira, pedras e fogo. Do outro lado a pessoa ja tinha tudo, e agora ela aumentava seu conforto. Em breve o lado esquerdo estará majestoso e refinado e a pessoa será rica. Enquanto eu era a prova de que não existem escolhas certas. Em breve estarei fazendo tudo que meu vizinho faz, mas para mim será mais difícil, pois estou começando de onde todos nessa terra vieram: Do Começo

sábado, 16 de outubro de 2010

No País dos Andrades; by Carlos Drummond de Andrade (Ohhhhh!)

No pais dos Andrades, onde o chão é
forrado pelo cobertor vermelho de meu pai,
indago um um objeto desaparecido há trinta anos,
que não sei se furtaram mas só acho formigas.

No país do Andrades, lá onde não há cartazes
e as ordens são peremptórias, sem embargo tácitas,
ja não distingo porteiras, divisas, certas rudes pastagens
plantadas no ano zero e transmitidas no sangue.

No país dos Andrades, somem agora os sinais
que fixavam a fazenda, a guerra e o mercado,
bem como outros destritos; solidão das vertentes.
Eis que me vejo tonto, agudo e suspeitoso.

Será outro país? O governo pilhou? O tempo o corrompeu?
No país dos Andrades, secreto latifúndio,
A tudo pergunto e invoco; mas o escuro soprou; e ninguém me secunda.

Adeus, vermelho
(viajarei) cobertor de meu pai.

Resenha:
Eis aqui uma bela interpretação de como seria um pedaço de terra digno de ser habitado, onde não existe essas besteiras que se encontram no mundo moderno: burocracia, violencia, corrupção...
Todas essas coisas de que o mundo menos precisa.
Simplesmente muito tocante.

E essa é só a primeira de várias poesias escritas por genios como Carlos Drummond de Andrade que serão postadas no NewsLitWriters. Quem sabe a próxima obra poderá ser a sua?

sábado, 9 de outubro de 2010

Complicações; by Gabrielle P.S.

Em todos esses anos em que vivi nessa minha vida sem sentido,
tenho percebido que as pessoas se resumem em conflito.
Nunca pode se perceber oque elas sentem,
ao olhar para elas tudo oque vejo são expressões vazias que não me convencem.
Uma máscara sobre outra,
um lápis de duas pontas,
é nisso que se reduziu o ser humano no final das contas.
Olho no meu redor,
no meu cotidiano e então penso,
choro.
E assim,
me ajoelhando inutilmente para os céus eu imploro.
Peço para que o azul da Terra me acuda,
para que alguma nuvem em seu estado intangível me ajude.
Mas quando olho uma pessoa em sua miserável vida carrancuda,
sinto como se estivesse tirando dela a sua saúde.
As vezes é como se estivesse trancada numa gaiola,
só esperando o tempo passar,
até a hora da minha liberdade chegar.
Nada disso faz sentido.
Confusões em plenas perseguições,
e nesse devastado mundo vazio,
só existem as complicações.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ilusão; by Gabrielle P.S

A cada passo a passo que dou a frente
se transforma em cada metro a menos que marcará a minha repntina chegada à ladeira meu declínio.
Vivo em um mundo espelhdo, onde o certo será errado e o errado lhe dará vida.
Sempre fiz as coisas do meu jeito, mas nunca foi o suficiente.
Quanto mais tento subir, mais vejo as pessoas que não sou eu correndo, passando a minha frente.
Tento ter forças para fazer a coisa nesse mundo da forma mais "errada" possível. Tento seguir os passos de meus superiores, por assim dizer, mas no final das contas não consigo, não posso, não levo jeito para isso.
Nessa Terra onde eu vivo, "suportes" não servem para nada.
Se quiser um lugar só seu posicionado na superioridade, terá de fazer por si mesmo, e é bom também que você consiga fazê-lo direito, do jeito supereior, só assim para conseguir subir.
Mas eu sou uma pessoa azarada.
Cada passo meu se reflete, transformando-se em uma queda.
Não tem como eu subir, não há como.
Essa é a ilusão que é passada pelos superiores, de que tudo é fácil, mas quando você tenta, acaba sendo apedrejado até cair.
Desisto!

Te Espero; by Gabrielle P.S

Me amastes, me curastes, porém mesmo assim estás tão longe.
Te espero.
Tu fizestes de mim quem sou hoje, e a você lhe sou grata até o último sopro de meu ser.
Ainda te espero.
Mesmo depois da minha partida, da tua súbita mudança de companhia, eu não me importo, pois mesmo vendo-te daqui ainda ouso lhe sussurrar as palavras que tenho te dito a mais anos que imaginas.
Eu te amo.
E para sempre te esperarei.
Hoje minha paciencia e consideração foram recompensadas. Estas aqui comigo e é isso o que me importa. Agora poderei seguir meu caminho junto a ti, mas para isso teremos de nos separar, e assim, finalmente poderemos nos encontrar novamente em nossa próxima vida, e então recomeçarmos nosso ciclo todo de novo, de nosso amor envolvente que almeja paixão a cada verso e que faz nossos corações baterem em sintonia eterna. Da forma como o Grande Senhor quiser.
Te esperei hoje.
Te esperei ontem.
Te esperarei a partir de amanhã, quando a primeira luz da maternidade bater e completar a minha vista.
Para sempre o amarei.
Para sempre o esperarei.